quarta-feira, 15 de julho de 2009

Homem magro - Serranópolis


Imagine o chão coberto de palha de arroz, uma mesa de madeira simples e dois copos de café fresco. Um homem magro e uma cigana seguram os dois copos e se olham além da visão. Houve um reconhecimento imediato esse encontro estava marcado.
A cigana que tinha sua gaiola e suas cartas como de costume, não ousou usar nenhum intermédio nessa troca. Ela segurou a mão daquele homem forte e suave, deixou que seus sentidos tomassem conta da situação.
O discurso desse sábio sonhador construtor de estradas, transita entre o divino e o humano.








“Deus não é perfeito, porque a perfeição é a morte. Deus é ativo! Deus é movimento.”
João Sepitíneo.


“O homem está ficando obsoleto.”
João Sepitíneo.



Pra contar dos amores que o atravessaram, coloca olhos doces e com tempero de lágrimas.
“Eu estou onde meu centro está. Não adianta dizer que não traiu por que seu corpo não estava lá.”
A filosofia é parte da sua língua, mente e coração. Comenta João concordando com outro filósofo:
“Existem dois tipos de homens: os urubus e os colibris. Os primeiros olham por cima das flores podendo ver e se alimentando apenas da carniça. O colobri vê as flores e se alimenta do seu néctar. Deixando a carniça a serviço dos pássaros da outra qualidade.”
Eu e o João escolhemos essa manhã sermos colibris enquanto nos fazíamos companhia.

A cigana.

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