quarta-feira, 29 de julho de 2009

Itajá

Foto: Andrés Rodriguez

Gosto de conhecer os limites da cidade. O limiar entre o asfalto, a construção, o urbano e as matas, o cerrado seco que lentamente queima e doura o chão.
Uma senhora triste repousou em minha manhã, cansada dos pesos da vida. Não soube o que dizer. Apenas lhe pedi que fortalecesse seu centro e lhe escutei por alguns momentos. Me parecia forte. Me recebeu bem. Cuidava de 3 netos muito agitados, mas amáveis e criativos.
E Vitinho, o mais novo e o responsável por nossa aproximação, disse:
“Sonhei que estava dentro da barriga de uma árvore”. Mais tarde, trepado em uma delas, concluiu: “Maria! As árvores têm sangue branco!”
A Curandeira

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