Primeira noite

Era uma trupe de caminhantes pardos como a pele da terra. Um regia ao som de uma melodia indiscutível e única. Cada movimento de seus dedos tocava magia, era fome de música. Caminhavam estrangeiros em terra alheia, terra de muitas pedras e braços abertos. "Viver é um milagre", reconhecia o moço simples de olhos verdes e úmidos. Sinceramente coloria de arte aquele momento.
São encontros, correntes de um fluxo de vida que os levavam à Paraúna. Porque Paraúna? Ela mesma pede que pare."Pare um pouco aqui e peça uma pizza de música que meus ouvidos tem fome! Meus olhos tem sede. Quero colorir teu cotidiano.”

Tudo dança e nos conduz ao momento certo, esse agora louco e misterioso. Vamos dançar? Não há respostas. As respostas hão de encontrá-las você mesmo sozinho. Está dentro de ti. Em seu centro, no fundo do seu mais precioso milagre. Segue teu milagre, companheiro e deixe a lágrima cair. "A cada mil lágrimas sai um milagre".

Curandeira