sexta-feira, 31 de julho de 2009

Quitandeiras


Hoje a luz do dia me brindou com presentes ofertados
Maria me vi
Reconheci
Mulheres do Goiás

Quando esta terra escondeu seu ouro
Quem te alimentou
Foi tu
Resistente e engenhosa quitandeira.
Do pão de queijo ao biscoito de sal

Goiás-mulher
Oferece seus sabores.





O biscoito que vem da farinha faz o pão de cada dia
Da farinha nasce o feijão
Alimentam as bocas famintas
Do Goiás sem chão

O dourado parou de brilhar
Nos rios
Vamos dourar o pão
Das quitandas
Oito em Oitenta
Das quitandas
Mãos que ensinaram minha mãe.




Era uma vez uma cidade que nasceu pela prece! Como muitas cidades do interior deste Goiás, nasceu em volta de uma igreja. Era uma terra recheada de ouro, que viveu tempos prósperos com esta descoberta. Havia um civilização longe, que atravessava oceanos em busca do brilhodeste metal. Porém teve um tempo em que a mãe natureza escondeu este brilho. E a cidade de novo teve que fazer muita prece para escapar da fome, porque aquele metal valia muito dinheiro.
Mas as mulheres daquela cidade antiga que nasceu pela prece, além de fé tinham atitude.
E botaram a mão na massa.
E faz o pão de queijo.
E faz o quitute
E trabalha todo dia, horas amiúde
Aquela Vila era Boa
Boa de sabores
Boa de pessoas que superam suas dores
E recriam seu destino

Além de fé, atitude
E botaram a mão na massa
E faz o pão de queijo
E faz o quitute
E trabalha todo o dia, horas amiúde.


Curandeira

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