quarta-feira, 29 de julho de 2009

Um tubarão ciscando com galinhas – Itajá




Na esquina, uma casa de quintal sem cerca.
Matheus surge saltitando com sua cadela desconfiada e em poucos minutos de conversa me pede para desenhar um tubarão. Ele, entre galinhas e cães, quer ver surgir um tubarão, de quem tem medo.
Acha graça da matéria-tubarão no papel e gargalha da borboleta que faço com as mãos. Quando contei a ele qual a minha profissão, de súbito enfático, disse que naquela mesma noite havia sonhado com o papai do céu.
- De que cor é ele? Perguntei.
- Você não sabe? Listrado de azul com branco.
Nesse momento, Matheus havia me devolvido a graça da ilusão.

Caixeira

Um comentário:

  1. Isso me fez lembrar o meu paciente hoje de 5 aninhos... ele nunca havia falado sequer uma palavra comigo apenas abria a boca para me mostrar os dentes (afinal trabalho vendo dentes e tratando-os), perguntei se havia perdido a lingua e nada... quando observei sua camisa que havia uma imitação de pneu carro que rodava eu logo brinquei... e o mesmo logo me mostrou e bricou comigo!!! Ganhei meu dia!!!

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