sábado, 4 de julho de 2009

Dona Lúcia


O ritmo dela se dissolve naquele silêncio. Olhares interrogativos e tímidos a acompanham. Caminha torta, carregando suas memórias serenamente. Toca as flores, as árvores, respira. Uma foto em troca de uma memória. Triste? As pessoas se jogam dali. Cristo de braços abertos testemunhando aquela dor, aquele adeus. Pedra do adeus. Ruim? Escolhas...
Seu Savino me acompanha, tímido. Quer falar do seu Deus. Os meus eus se desmancham e tornam a contemplar. Meu caminho é de encontro com as águas. Passo pelas casas e as pessoas esperam, descansam e deixam as horas passar tranquilas. Lorena, Jéssica, Wendell e Ronaldo me cercavam. Preciosas pessoas. Indagavam, queriam respostas sobre a vida. Lorena entendia tudo sem saber. Lindas irmãs. "E Deus?" As respostas estão dentro de você. "E a religião?" Todas dizem a mesma coisa: RELIGARE. Reconectar, entender que fazemos parte.
Dona Lúcia e seu cão pinguim. "Se ela não caminhar, ela morre."

Curandeira

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